As metodologias ativas como potencializadoras dos processos reflexivos e criativos: percepções docentes

                  

Volnei Fortuna – Hildegard Susana Jung

                  

Volnei Fortuna

Doutor em Educação pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade de Passo Fundo (UPF), Pós-doutorando pela Universidade La Salle – Canoas (UNILASALLE), Pesquisador no grupo de pesquisa Gestão Educacional nos diferentes contextos.

ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6001-7486 – Correo electrónico: volnei.fortuna@unilasalle.edu.br

 

Hildegard Susana Jung

Pós-doutoranda na Facultad de Ciencias Económicas da Universidad de Buenos Aires (UBA),
Doutora em Educação pela Universidade La Salle – Canoas (UNILASALLE), Coordenadora do PPG Educação da Universidade La Salle – Canoas, Pesquisadora no grupo de pesquisa Gestão Edu- cacional nos diferentes contextos.

ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5871-3060 –  Correo electrónico: hildegard.jung@unilasalle.edu.br 

                                                                             Resumo 

            O artigo tem como proposta tematizar as metodologias ativas como potenci- alizadoras dos processos reflexivos e criativos: percepções docentes. A questão problematizadora que permeia e inquieta a reflexão referente ao campo educativo atual consiste: como as metodologias ativas de aprendizagem podem potencializar o desenvolvimento dos processos reflexivos e criativos na perspetiva dos professo- res que atuam em escola privada? Tem-se como objetivo analisar a percepção dos professores de uma escola privada localizada num município gaúcho no que tange às metodologias ativas de ensino e de aprendizagem. Para que a efetividade do ob- jetivo ocorra, optou-se pela realização de um estudo de caso de forma qualitativa na instituição de ensino. Para tanto, estar-se-á analisando e refletindo a partir dos dados elencados pelos professores na pesquisa. O estudo deixa-nos explicita a im- portância das metodologias ativas na qualificação do ato pedagógico, apresentan- do ferramentas de inovação, empreendedorismo, personalização, cultura maker e design think, sendo os professores os mediadores na dinâmica de ensino e apren- dizagem. O agir pedagógico inovador é uma forma elevada de práxis pedagógica que conduz à superação do quefazer pedagógico, repensando assim a estrutura organizacional do espaço educativo e das atuais formas de educar.

                                                                                 Abstract

      The article proposes to thematize Active methodologies as potentializers of reflective and creative processes: teaching perceptions. The problematizing ques- tion that permeates and disturbs the reflection regarding the current educational field is: how can active learning methodologies enhance the development of reflec- tive and creative processes from the perspective of teachers who work in private school located in a municipality in Rio Grande do Sul with regard to active teaching and learning methodologies. For the effectiveness of the objective to occur, it was decided to carry out a qualitative case study in the educational institution. Therefore, it will be analyzing and reflecting from the data listed by the teachers in the research. The study makes explicit the importance of active methodologies in the qualification of the pedagogical act, presenting tools of innovation, entrepreneurship, personal- ization, maker culture and design think, with teachers being the mediators in the dynamics of teaching and learning. The innovative pedagogical action is an ele- vated form of pedagogical praxis that leads to overcoming the pedagogical task, thus rethinking the organizational structure of the educational space and the current ways of educating.

 

                                                                        Palavras-chave

Metodologia ativa- Práxis pedagógica – Criatividade- Educação inovadora.

 

                                                                             Keywords

Active methodology – Pedagogical praxis – Creativity – Innovative education.

 

                                                                             Introdução

             A educação através de suas metodologias conduz os sujeitos a ambientes distintos de onde se encontram, abrindo horizontes de transformação humana e social. O espaço educativo dentro de sua dinâmica de ensino e aprendizagem integral se atribui na democratização do saber, garantia subjetiva de cidadania, aten- tando-se a formação de seres humanos racionais críticos que não perdem a sensibilidade diante de situações massificadas e de negação de direitos e estimulam a solidariedade das classes sociais. Para isso, o ser humano em seu processo de viraser ou estar sendo, procura limites, finalidades e definições, buscando conhecerse a si mesmo e outrem, encontrando na educação espaços que garantam acesso ao conhecimento epistemológico, com o propósito de que é preciso aprender, ou melhor, aprender a aprender.
        A ferramenta necessária para dialogar com a realidade, a tecnologia, a inovação constante, a fragmentação de posicionamento, a passividade, a incoerência, entre tantos outros atributos positivos e negativos presentes no século XXI, exige das pessoas posições racionais e tautológicas acopladas à ação transformadora consciente. O ambiente educativo como produtor e reprodutor da humanização, abertura para instituir condições de vida digna para todas as pessoas, indiscutivelmente se torna responsável pelos sujeitos que forma e, propriamente, com o ser humano e profissional que estará atuando dentro da esfera social, política, econômica e cultural. Espaços que norteiam e desafiam os sujeitos a vivências optativas dicotômicas como: justiça ou injustiça, honestidade ou desonestidade, ética ou antiética, humanização ou desumanização, coerência ou incoerência, moral ou imoral, entre outras dualidades existentes.
      A construção de uma educação coerente na concepção epistemológica contemporânea se coloca num processo dialógico intersubjetivo de produção e recriação das sociedades. O conhecimento não encontra seu termo na ação cognoscitiva, mas sim, na comunicação intersubjetiva que possibilita aos educadores e educandos um constante diálogo e humanização embasados em métodos e práticas educativas que possibilitem aos estudantes o exercício da pergunta, da provocação que move de forma ética para a transformação das realidades. Para tanto, têmse na atualidade a exigência tanto para o educador quanto para o educando de elevar a práxis pedagógica aos campos de inovação. E, neste sentido, o saber é a construção da própria identidade do sujeito, que dá sentido à vida. Para tanto, a questão problematizadora que permeia e inquieta a reflexão referente ao campo educativo atual consiste: como as metodologias ativas de aprendizagem podem potencializar o desenvolvimento dos processos reflexivos e criativos na perspecti- va dos professores que atuam em escola privada?
         Esta questão atemporal provoca e conduz a aprender a aprender, aprender a fazer e aprender a ser, fazendo com que a conjuntura educacional forme sujeitos para outra realidade, outra sociedade, fazendo os seres humanos descobrirem sua essência, considerando que a educação é o fator produto da sociedade e suas práticas educativas inovadoras tornam o ensino e aprendizagem algo aprazível e transformador. Estudar a dimensão das metodologias ativas na escola privada é uma oportunidade de abertura de novos horizontes qualitativos para o campo educacional, bem como, provocação para ampliação do debate sobre novas perspecti- vas e formas de ensino e de aprendizagem propulsoras de envolvimento ativo entre professor e estudantes. A educação através das metodologias ativas de ensino e de aprendizagem busca a formação integral do ser humano.
        Dito isso, o presente artigo tem como objetivo analisar a percepção dos pro- fessores de uma escola privada localizada num município gaúcho no que tange às metodologias ativas de ensino e de aprendizagem. Para que a efetividade do obje- tivo ocorra, optou-se pela realização de um estudo de caso de forma qualitativa na instituição de ensino. Para tanto, estar-se-á analisando e refletindo a partir dos dados elencados pelos professores na pesquisa. O estudo deixa-nos explicita a importância das metodologias ativas na qualificação do ato pedagógico, apresentando ferramentas de inovação, empreendedorismo, personalização, cultura maker e design think, sendo os professores os mediadores na dinâmica de ensino e aprendizagem. Com relação à arquitetura do texto, encontrase estruturado com a metodologia da pesquisa, na sequência realizase a análise e discussão dos dados e, por fim, as considerações finais.

  

Metodologia de Pesquisa

 

        A seguir apresentase os procedimentos metodológicos, adotados para responder ao objetivo da pesquisa, sendo este analisar a percepção dos professores de uma escola privada localizada num município gaúcho no que tange às metodologias ativas de ensino e aprendizagem. Para que a efetividade do objetivo ocorra, optou-se pela realização de um estudo de caso de forma qualitativa na instituição de ensino. A investigação caracterizase segundo Yin (2015) pela fenomenologia de perspectivas atuais e reais. Observa e busca acessibilidade a dados empíricos. Para Yin, a realização de um estudo de caso exige do sujeito “formular boas questões”, “ser um bom ouvinte”, “permanecer adaptável», “ter noção clara dos assuntos em estudo” e “ser imparcial” (Yin, 2015: 77). Neste sentido, foca-se na análise sis- temática de um questionário que foi aplicado aos professores. O questionário foi elaborado na ferramenta Google Forms, contendo nove questões, sendo duas descritivas e sete objetivas. O mesmo foi aplicado de forma on-line a 36 professo- res que atuam na Educação Infantil, Ensino Fundamental I, Ensino Fundamental II e Ensino Médio, localizado no Rio Grande do Sul, obtendo o retorno de 28 questionários, que corresponde a 77,8% dos pesquisados. Observa-se de imediato que 22,2% dos professores não responderam.
          Compreendese que a efetividade de um estudo de caso tem historicidade e o trabalho de contextualização é fundamental, seguindo uma conjuntura ordenada e cuidadosa dos procedimentos que se atentam ao objeto de pesquisa. A pesquisa em educação requer aprendizado de técnicas que garantam a geração de incertezas, sendo que, a incerteza instiga o professor a buscar um novo conhecimento, isso também é metodologia ativa. Implica em construção crítica, que é a parte es- sencial de qualquer dinâmica de ensino e aprendizagem. Por fim, Yin (2015:182) provoca para que nos processos do estudo de caso, sua elaboração seja de manei- ra atraente, que incite os seus leitores, mas que não caia no romantismo, para isso faz-se necessária conexão do talento e da experiência.
         A pesquisa sistemática através do estudo de caso das metodologias ativas permite a reestruturação dos processos educacionais, acarretando na qualificação pedagógica. Para tanto, com a obtenção dos retornos do questionário foi realizada a tabulação e a análise, seguindo as orientações de Bardin (2016) no que diz res- peito à técnica de análise de conteúdo. Segundo a autora, “A análise de conteúdo procura conhecer aquilo que está por trás das palavras sobre as quais se debruça” (Bardin, 2016: 50). Este movimento analítico implica um exame minucioso do corpus da pesquisa à luz do referencial teórico, de onde emergem as inferências dos pesquisadores.
            Para esse propósito, buscouse, de forma analítica e sistemática, o conhecimento das categorias estabelecidas previamente: protagonismo, inovação nas práticas pedagógicas e formação continuada docente. Estas três categorias, amparadas pelos autores pesquisados, têm forte implicância com as variáveis no campo sociológico, histórico e psíquico do sujeito pesquisado. De acordo com Bardin (2016), as categorias são uma espécie de gavetas, nas quais repousamos as frequências encontradas no corpus analítico.

 

Análise e discussão dos resultados

 

           Neste tópico analisase e discute-se os resultados da pesquisa realizada com os professores. Apresenta-se os dados do estudo de caso, refletindose com a perspectiva das metodologias ativas de ensino e de aprendizagem a partir da percepção dos professores que atuam em uma escola privada no Rio Grande do Sul.

 

Dialogando com as metodologias ativas

 

           A partir da análise dos dados, é possível afirmar que dos retornos recebidos 14% foram da Educação Infantil, 32% do Ensino Fundamental I, 18% do Ensino Fundamental II e 36% do Ensino Médio. Destacase que a instituição de ensino

pesquisada compreende a educação na perspectiva de emancipação social, de- senvolvendo habilidades e competências que promovam relações harmoniosas entre peculiaridades subjetivas e intersubjetivas. O desafio da educação consiste na formação humana, centrada na vida e comprometida com uma nova sociedade. Para isso, de forma progressiva realiza a transição de uma educação bancária para uma educação problematizadora, possibilitando formações continuadas aos professores com ênfase nas metodologias ativas e criando espaços físicos propícios para a sua efetividade.
           Nesta caminhada praxiológica, Valente (2018) expressa que as metodologias ativas de aprendizagem estão inerentes ao odos pedagógico que direciona a dinâmica de ensino e de aprendizagem no estudante, colocandoo numa situação ativa diante do contexto investigativo e problemática a ser desvendada em conjunto com o professor. Em relação a percepção dos professores referente às metodologias ativas de aprendizagem, destacou-se as principais palavras trazidas pelos educadores, conforme figura 1.

 

 

          Observase que os professores compreendem as metodologias ativas de ensino e de aprendizagem como elementares no processo de desenvolvimento integral dos estudantes. São ferramentas que qualificam o ensino e aprendizagem e colocam o estudante como protagonista no desenvolvimento da pesquisa e na construção do conhecimento. A categoria do protagonismo do estudante fica evidente na nuvem de palavras e percebemos que possibilita a superação da passividade e colocao numa situação de incorporação das experiências propiciadas no espaço educativo. Destacase que o protagonismo ocorre na medida que o es- tudante desenvolve-se junto com o professor ao longo de sua vida acadêmica.

            Faz parte das condições em que aprender criticamente é possível a pressuposição por parte dos educandos de que o educador já teve ou continua tendo experiência da produção de certos saberes e que estes não podem a eles, os educandos, ser sim- plesmente transferidos. Pelo contrário, nas condições de verdadeira aprendizagem os educandos vão se transformando em reais sujeitos da construção e da re- construção do saber ensinado, ao lado do educador, igualmente sujeito do processo. Só assim podemos falar realmente de saber ensinado, em que o objeto ensinado é apreendido na sua razão de ser e, portanto, aprendido pelos educandos (Freire, 1996: 26).

            O exercício dos conceitos apresentados pelos professores, requerem constante revisão teóricoprática de sua postura profissional, bem como, envolvimento dos estudantes no planejamento, na execução e na avaliação da aula. Para que o estudante se envolva na dinâmica de ensino e de aprendizagem fazse necessário que o mesmo esteja no centro. Com isso, não se quer dizer que o professor está perdendo o seu espaço, mas sim, ocupando-se de uma posição estratégica na realização de novas abordagens a partir dos diferentes contextos. A tarefa do professor não limitase a ensinar os conteúdos e sim colaborar com a percepção crítica e pensamento assertivo frente as nuances da sociedade. Pensase na escola enquanto espaço associado ao que ocorre na vida cotidiana, podese dizer que este é o conhecimento significativo.
                No que tange às metodologias ativas de aprendizagem que os educadores têm conhecimento, as mais citadas foram: projetos, tecnologias na educação, sala de aula inovadora, sala de aula invertida, participação na escrita musical, ensino interativo e dinâmico, autodidata, gamificação, ensino híbrido, estudo de caso, semi- nários, discussões, design thinking, cultura maker, thinkpair-share “os especialistas”, puzzle, aquário, aprendizagem colaborativa, rotação por estações, pesquisa de campo; seminários; blended learning e e-learning, storytelling, dinâmicas em grupos de ABCD / 1234, pense mais, entre outras. Mas vale destacar que a meto- dologia ativa de aprendizagem que mais se destacou na pesquisa entre as respostas dos educadores foi a sala de aula invertida.
                A educação não pode ser pensada sem impulso desorientador, fazendo com que o estudante busque construir sua autonomia e questionamento crítico. Reo- rientálos de forma ativa significa, em primeiro lugar, ajudálos a desorientar-se. “Nossa experiência nos faz perceber que mediar indivíduos em formação e auto- formação demanda autoconhecimento e ser cuidadoso com o seu próprio processo e o do outro também, ou seja, necessitamos do outro” (Benatti; Jung, 2022: 48). O processo de investigação educacional diz respeito ao que se diz e o que se faz, entre as pretensões e as finalidades. A educação é prática, teoria e investigação. Neste contexto, o professor provoca o estudante para a experienciar a própria auto- nomia, bem como, deixa explícito que a educação somente tem sentido quando movimenta a partilha entre os seus interlocutores.
             O agir pedagógico inovador é uma forma elevada de práxis pedagógica que conduz a superação do quefazer pedagógico, repensando assim, a estrutura organizacional do espaço educativo e das atuais formas de educar. Assim, podese dizer que a metodologia ativa de aprendizagem que está hoje na cultura de uma instituição de ensino, é elementar para a qualificação dos processos pedagógicos mediados. “A interação mediada introduz ordem no encontro de um ser humano com o mundo” (Feuerstein, 2014: 76). Reafirmase a tese de que é pela apresentação de práticas educativas inovadoras que as pessoas se transformam e mudam a realidade ao seu entorno.

             Quando perguntado para os educadores se as metodologias de aprendiza- gem são essenciais para a práxis (teoria e prática) pedagógica do educador e da educadora, responderam sempre 67,9% e muitas vezes 32,1%, ressaltando que todos os educadores percebem as metodologias ativas de aprendizagem, como fundamentais em seu processo pedagógico. Porém 7,1% dos educadores se sen- tem poucas vezes capacitados para aplicar estratégias didáticas que transcendam a aula expositiva tradicional, 60,7% muitas vezes se sentem capacitados e 32,2%, sempre. No requisito sinto-me qualificado para aplicação de metodologias ativas de aprendizagem, 7,1%, se sentem poucas vezes, 75% muitas vezes e 17,9% sempre qualificado para aplicação, deste modo, percebe-se que ainda uma peque- na parte dos educadores, sentem dificuldades na aplicação destas metodologias.
       Ficanos visível que o processo formativo referente às metodologias ativas é um caminho que está sendo percorrido pelos professores. Exige conhecimento acadêmico, pedagógico, bem como, habilidades e competências sintonizadas sinergicamente. Freire na obra Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa, apresenta 27 exigências incorporadas ao ato de ensinar. As exigências apresentadas pela teoria freireana instigam o debate entre o professor e os estudantes, provocandoos a uma postura gnosiológica, ética e estética. A mudança educacional depende dos professores, da sua formação e consequentemente das suas práticas pedagógicas.

       A formação deve estimular uma perspectiva crítico-reflexiva, que forneça aos profe- ssores os meios de um pensamento autónomo e que facilite as dinâmicas de autofor- mação participada. Estar em formação implica um investimento pessoal, um trabalho livre e criativo sobre os percursos e os projectos próprios, com vista à construção de uma identidade, que é também uma identidade profissional (Nóvoa, 1997: 27).
 

           Em tese, os professores que encontramse em constante qualificação, automaticamente aprimoram e qualificam as suas práticas pedagógicas, aperfeiçoando assim, o ensino e a aprendizagem com os estudantes. A formação profissional do professor reflete na excelência educativa no âmbito próprio do sujeito estudioso e na interação com os professores que compõem o corpo docente de uma instituição de ensino.
          Na Figura 2, percebese que os educadores, muitas vezes utilizam a aplicação de múltiplas estratégias metodológicas na dinâmica de ensino e aprendizagem em suas aulas, ficando este item com 64,3%, e os que sempre se utilizam desta aplicação em 25%, já os educadores que utilizam poucas vezes desta dinâmica, ficaram com uma porcentagem de 10,7%.

 

                       A maioria dos educadores aperfeiçoase de estratégias diversificadas e ativas de aprendizagem para desenvolver em sala de aula, obtendose um retorno total de (muitas vezes e sempre) de 92,9%, ficando apenas 7,1% de educadores que poucas vezes buscam aperfeiçoarse neste requisito. Já quando questionado aos educadores se os estudantes gostam da dinâmica de ensino e de aprendizagem realizada por eles, sentindose desafiados a problematização das temáticas da área do conhecimento que atuam, apenas 7,1% responderam poucas às vezes, os demais educadores, responderam muitas vezes 64,3% e 28,6% sempre, re- ssaltando que os estudantes, gostam das dinâmicas de ensino utilizadas nas salas de aula pelo educadores.

                   Devido a algumas mudanças fundamentais na sociedade, cada vez mais os alunos necessitam de professores que os orientem academicamente como mentores, não apenas para ajudálos a construir relacionamentos positivos e a se divertir com os amigos, mas também para auxiliálos a ter sucesso na vida (Horn; Staker, 2015:168).

                        Destacase que os estudantes da contemporaneidade interagem ativamen- te para a construção epistemológica, para tanto, é de suma relevância que o profe- ssor assuma o papel de mediador, estabelecendo propostas educativas que vis- lumbrem a cooperação, o trabalho em equipe através de um planejamento cons- truído junto com os estudantes. Concomitante a mudança de percepção educativa entre o professor e o estudante, também o espaço da sala de aula tem que estar harmonicamente desenhado pela ótica de metodologia ativa. O ambiente pensado estrategicamente com a intervenção ativa colabora grandemente com o processo de ensino e aprendizagem. Como exemplo, basta olhar uma sala de aula onde os estudantes ainda olham para a nuca uns dos outros e uma sala de aula em que os estudantes encontram-se em pequenas ilhas, semicírculos, grupos, entre outros.

                        O ambiente da sala de aula e as ferramentas que a mesma oferece (internet, tablet, chromebook, jogos lógicos, lego, etc.) são facilitadores em tornar o conhecimento mais atrativo e colaborativo.
                        O terreno educativo é bastante fértil, mas ao mesmo tempo bastante perigoso frente a intensidade de mudanças que ocorrem de maneira acelerada. Neste sentido, “[…] o mundo moderno requer um docente que promova discussões nas aulas, que estimule o protagonismo dos alunos e seja o mediador de crianças e adultos, os quais ensinam a si mesmos e aos outros” (Lima; Moura, 2015: 76). Com isso não se destitui o papel do professor, considera-se que o mesmo tem que in- vestir na própria formação e buscar mecanismos de inovação, de motivação, de encantamento, de inspiração, para que fique explícito aos estudantes que educação não se faz com mais do mesmo, mas através de uma práxis pedagógica diferenciada.
                        Na última questão (figura 3), abordagem ocorre se a instituição de ensino disponibiliza aos educadores e educadoras processos formativos sobre metodologias ativas de aprendizagem, apesar de 39,3% responderam poucas vezes, a maioria dos educadores trouxeram que muitas vezes (46,4%) e sempre (14,3%), a instituição de ensino disponibiliza desses processos de formação.

            Após a análise dos dados é possível refletir sobre a percepção dos professores referente às metodologias ativas de aprendizagem e como este meio de ensino está cada vez mais presente nos meios acadêmicos. Apresentase a necessária continuidade de processos formativos planejados e permanentes na instituição pesquisada em âmbito problematizador das metodologias ativas de ensino e de aprendizagem.

              A educação contemporânea vem provocando ao longo dos anos o exercício da práxis pedagógica, pautada na formação de professores mediadores. “Quando na mediação há uma harmonia entre mediador, indivíduo e o conhecimento, levase em conta os signos independentemente da representação que manifestam, podendo ser linguísticos, destacando os significados que se constroem nesta relação” (Benatti; Jung, 2022, p. 55). Inclusive neste sentido Feuerstein destaca que “o mediador com intencionalidade muda os estímulos, faz com que sejam mais salientes, mais poderosos, se imponham mais e sejam mais compreensíveis e importan- tes” (2014: 83), para o estudante que está sendo mediado.

 

           No processo de ensinar e aprender, é fundamental que a construção de sentido seja entrelaçada à construção dos significados. O sentido, o propósito e o objetivo do aprender, para cada um, devem se entrelaçar como os significados socialmente construídos do conhecimento acumulado nas ciências, na cultura e na tecnologia (Andrade; Sartori, 2018:182).
 

              Diante de um contexto de constante mudança vivenciado pelas sociedades na atualidade, o campo educacional tem que estar atento para proporcionar através dos seus recursos pedagógicos, didáticos e metodológicos (dentre outros elementos que compõe o ato de ensinar e de aprender), o desenvolvimento de capacidades que preparem os estudantes para o mundo.

 

Protagonismo, inovação nas práticas pedagógicas e formação continuada docente

 

 

            Com relação às três categorias evidenciadas na pesquisa, é possível dizer que a metodologia ativa de ensino e de aprendizagem propõe a potencialização do estudante como protagonista na construção do conhecimento. Descobre e aprofunda conteúdo, cria e recria situações conectadas a sua realidade, posicionase frente a organização das sociedades e também da educação. Segundo o professor 1, “a sala de aula estática já não consegue arcar com a responsabilidade de educar na atualidade. A metodologia ativa é capaz de mobilizar os estudantes e aumentar o engajamento no processo de ensino e aprendizagem”. Com isso, os estudantes desenvolvemse de forma individual e tornamse propositivos nas percepções com coletivo, crescendo epistemologicamente em âmbito subjetivo e intersubjetivo.
             Na medida em que os estudantes intensificam a sua atuação aos desafios contextuais de sua idade, maior será sua aprendizagem. O fato de as metodologias serem ativas consiste na relação “com a realização de práticas pedagógicas para envolver os alunos, engajálos em atividades práticas nas quais eles sejam protagonistas da sua aprendizagem” (Valente, 2018: 28). Neste caminho o professor cria situações as quais os estudantes planejam, problematizam, interagem entre si, desenvolvendo a capacidade crítica e reflexiva através da práxis pedagógica. A postura dinâmica do professor em aula, “permite o exercício do protagonismo do estudante, ao mesmo tempo em que alivia, do professor, a responsabilidade de ser a única e exclusiva referência na aula, o que lhe dá mais possibilidades de realizar o trabalho de mediação” (Ganzella, 2018: 55-56). Para esta perspectiva, as aulas se tornam menos expositivas e dirigidas, provocando interação entre professor-estudante, estudante-estudante e estudante-mundo, aproximando o conteúdo do contexto dos estudantes como forma de incentivo estratégico para o ensino e para a aprendizagem. Para fortalecer o protagonismo, o professor pode utilizarse de ferramentas que propiciem o seu desenvolvimento enquanto mediador, bem como o desenvolvimento do estudante que está no processo formativo.

                Reafirmase que implementar mecanismos inovadores à prática pedagó- gica, qualifica a categoria de protagonismo. O professor 2 expressa que é de suma importância na atualidade utilizarse de ferramentas que contemplem a “aprendiza- gem baseada em problemas, aprendizagem baseada em projetos, gamificação, sala de aula invertida, estudo de caso, STEAM, cultura maker, seminários”. Nesta conjuntura de possibilidades inovadoras apresentadas pelo professor 2, destacase a metodologia STEAM que congrega os componentes curriculares de ciências, tecnologia, engenharia, artes e matemática, tendo como foco a construção de conhecimento de forma transversal e tendo o estudante como protagonista. “O modelo busca a formação integral dos alunos considerando aspectos acadêmicos, de habilidades e relacionais, pautado na colaboração, autonomia e criatividade” (Lorenzin; Assumpção; Bizerra, 2018: 217). A efetividade da inovação das práticas pedagógicas qualifica com eminência o movimento de formação integral dos sujeitos, possibilitando ao professor e ao estudante a apropriação das habilidades e competências que buscam desenvolver em determinada aula.
                A inovação nas práticas pedagógica é uma categoria que vislumbra em si a criatividade, sendo esta a tônica que integra as diversas ferramentas que estão dis- poníveis ao ato pedagógico (não restringindose ao uso das tecnologias), tornando o ensino e a aprendizagem mais eficientes. A inovação exige mudança de compor- tamento e das ações em vistas da consolidação de novas experiências que tenham sentido, ou seja, o professor voltase para as diversas formas de ensino e de aprendizagem, ressignificando assim, a sua prática pedagógica. Para que isso ocorra, a formação continuada docente é indispensável na conjuntura educacional.
                A formação na atualidade, requer a consideração do contexto de vida dos sujeitos. Podese destacar que formar o professor continuamente tem que ser uma exigência do exercício profissional. A pedagogia freireana compreende a formação continuada a partir da existência de uma dinâmica político-pedagógica que compreende o ser humano enquanto sujeito histórico. Com a concepção de sujeito histórico, estabelecese uma lógica processual de constante constituição de si mesmo com os outros através de um passado que é história, de um presente que é sonho, utopia, esperança e de um futuro que pode ser transformado. “A esperança é um condicionamento indispensável à experiência histórica. Sem ela não haveria his- tória, mas puro determinismo” (Freire, 1996, p. 72). Diante da vocação ontológica do sujeito em vistas da transformação das realidades, constituise enquanto ser humano de ação e reflexão.
            Contudo, pensase numa educação capaz de estabelecer conexões entre o sujeito-sujeito, sujeito-objeto e sujeito-mundo. Nesta relação problematizadora ocorre a superação da dualidade entre professor e estudante, ficando explícita a te- se de que “ninguém educa ninguém, como tampouco ninguém se educa a si mesmo: os seres humanos se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo” (Freire, 1987: 69, grifos nossos). Para tanto, a pedagogia tradicional torna-se uma contrariedade pedagógica para a formação continuada docente. Pauta-se por uma estrutura dicotômica de sujeito-objeto. Sendo que o sujeito é o professor sabedor,

pensador, atuante, entre outros e o estudante o objeto que não sabe, que é pensado, receptor do conhecimento do professor. Na pesquisa, o professor 3 relata que “a sala de aula estática já não consegue arcar com a responsabilidade de educar na atualidade”. Este elemento provoca o professor a vislumbrar a ressignificação da sua prática pedagógica.
               A relação intersubjetiva entre o professor e o estudante, possibilita ao professor “no ato de conscientizar, conscientizarse; no ato de educar, educar-se, no ato de transformar, transformarse; no ato de libertar, libertar-se; no ato de investigar, investigarse, no ato de construir cidadania, tornarse cidadão” (Benincá, 2004:108). Neste contexto, o professor 5 expressa que as metodologias ativas de aprendizagem “ajudam muito no processo de desenvolvimento das competências de cada estudante, estimulam o raciocínio, a autonomia e revelam lideranças. As metodologias ativas fazem com que o estudante se torne mais participativo e investigativo. Também contribuem muito no aspecto que envolve administrar e solucionar conflitos. Saber ouvir a opinião/ideia do outro e juntos através do diálogo entrar em consenso buscando algo em comum”. Entendese que a formação continuada docente é uma categoria determinante e que se não desenvolvida de forma adequada, implica nas categorias de protagonismo e de inovação nas práticas pedagógicas.
             Para tanto, a relação intrínseca com o contexto e as situações limite da cotidianidade vivenciadas pelo estudante e propriamente pelo professor, são promotoras de sentido e engajamento em vistas da construção de conhecimento. Neste caminho é necessário o exercício de alguns verbos, como por exemplo: escutar, ver, perguntar, fazer, experimentar e ensinar. A partir de uma analogia ao filósofo Confúcio, Barbosa e Moura refletem:

 

O que eu ouço, eu esqueço; O que eu ouço e vejo, eu me lembro; O que eu ouço, vejo e pergunto ou discuto, eu começo a compreender; O que eu ouço, vejo, discuto e faço, eu aprendo desenvolvendo conhecimento e habilidade; O que eu ensino para alguém, eu domino com maestria (Barbosa; Moura, 2013: 54).
 

                      Em outras palavras, o professor é aquele que provoca a reflexão, a criar e recriar o mundo, ele é formador de consciência crítica, bem como, através de metodologias que buscam despertar a curiosidade. Destacase aqui, a importância da es- cuta na essência, a valorização da posição dos estudantes, a criação de ambientes favoráveis para o ensino e a aprendizagem, entre outros aspectos que tornam a educação atenta a subjetividade e a intersubjetividade. Atentos a estas perspectivas, chegase a um grau elevado de pertencimento tanto do professor como do estudante no desenvolvimento do conhecimento e das humanidades.
                    Na relação subjetiva e intersubjetiva entre o professor e o estudante desa- fiamse a ir além de si mesmos, compreendendo a sua realidade, conhecendoa e, por conseguinte, transformandoa. Neste sentido, a prática pedagógica humanizadora estabelece uma interação permanente entre o professor e o estudante, fazendoos compreender que “se encontram numa tarefa em que ambos são sujeitos no ato, não só de desvendála e, assim criticamente conhecêla, mas também de recriar este conhecimento” (Freire, 1987: 56). Este movimento praxiológico no ato de educar aguça o engajamento no constante movimento ativo e consciente do estar sendo no mundo com os outros.

                         Por fim, as instituições de ensino que se utilizam das ferramentas disponíveis pelas metodologias ativas encontram-se alinhadas à organização das sociedades atuais, “a sociedade e o mundo do trabalho necessitam de profissionais abertos a novos aprendizados e que sejam capazes de agir na presença de situações inesperadas” (Benatti; Jung, 2022: 69). É de suma importância refletir sobre as formas de construção de conhecimento, para que estas, ao longo do tempo, possam ser aperfeiçoadas, tornandose transversais no processo de ensino e de aprendizagem, bem como, colocando o estudante como protagonista na tônica da educação.

 

                                                                      Considerações finais

 

                  A evolução do campo educacional provoca a implementação de metodologias ativas de aprendizagem, de forma especial exige da educação básica uma abordagem aprofundada, envolvendo todos os atores da escola (equipe diretiva e pedagógica, os professores, os estudantes e as famílias). Esta construção compartilhada permite maior assertividade nas possibilidades metodológicas adotadas por uma instituição de ensino.
                Mobilizar os professores para uma ação orientadora e mediadora torna o ensino e a aprendizagem significativos. O estudante protagonista do conhecimento e da própria história demonstra que o tempo da escola é o tempo de criação, de pro- blematização, de empreendimento, de dar sentido à vida, de deixar claro que o ser humano em formação é possibilidade, jamais determinismo. A compreensão de problematização a partir das metodologias ativas permite observar analiticamente o passado, analisar o presente e projetar o futuro, recusando a sua inexorabilidade. Porque o estudante como também o professor são história que se faz e refaz no mundo, por isso, estão em constante desenvolvimento.
               O estudo deixanos explícita a importância das metodologias ativas na qualificação do ato pedagógico, apresentando ferramentas de inovação, empreendedorismo, personalização, cultura maker e design think, sendo os professores os mediadores na dinâmica de ensino e aprendizagem. O agir pedagógico inovador é uma forma elevada de práxis pedagógica que conduz à superação do quefazer pedagógico, repensando assim a estrutura organizacional do espaço educativo e das atuais formas de educar. Portanto, a tematização analítica e reflexiva deste estudo de caso é pertinente para a continuidade da reflexão em espaços acadêmicos e de educação básica, por professores e estudantes que acreditam na potência do espaço educativo, na eficácia das metodologias ativas como ferramentas de geração de conhecimento genuíno. A instituição pesquisada coloca-se a caminho sobre esta perspectiva de utilizarse das diversas tecnologias existentes e disponíveis, sem perder de vista a rigorosidade acadêmica. Como estudos futuros, pensa-se que a percepção dos alunos em relação à aprendizagem significativa a partir de metodologias ativas pode contribuir para uma compreensão mais profunda sobre o tema.

 

 

 

                                                                Referencias bibliográficas 

 

 

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